11/07/2007

Múm

Foi lá pra 2003 que descobri um disco chamado Finally We Are No One e fiquei louco por cada melodia e detalhe dele. Naquele ano, o álbum não saiu dos meus ouvidos. Perdi a conta de quantas vezes o ouvi. Tudo virou a Islândia pra mim, minha vontade era a de me mudar pra lá. Queria fazer uma banda que soasse como o Múm. Deu pra entender. Toda essa vontade passou, é claro, mas exatamente agora, ouvindo Go Go Smear the Poison Ivy, Let Your Crooked Hands Be Holy, lembrei de tudo o que senti naquela época.

O Múm é foda. É uma banda que consegue te fazer flutuar e, bem sutilmente, te transportar para os lugares mais frios do planeta. O álbum novo não é tão bom quanto o segundo deles, mas é bem superior ao Summer Make Good, de 2004. A pegada continua (quase) a mesma: todos os barulhinhos eletrônicos, vocais suaves (dessa vez sem nenhuma das gêmeas bizarras, que deixaram a banda e que ilustram a capa do disco do Belle and Sebastian) e esquisitices delicadas estão lá, só que agora o Múm é um septeto, com três garotas e quatro rapazes. Talvez isso tenha feito um bem danado à eles, pois trata-se de mais um ótimo disco que veio a somar no surreal ano de 2007.