Se o Sufjan Stevens tivesse nascido na Suécia, muito provavelmente ele teria montado a banda do post de hoje, o quarteto Amandine. Apesar do já característico e conhecido pop sueco que tanto me apraz, às vezes fica difícil ligar o Amandine com muitos artistas vindos de lá. Em outras palavras, estamos lidando com uma banda que poderia facilmente ser norte americana.
Claro que isso não é ruim. Influências são sempre boas, principalmente quando transformadas em algo decente. E nessa bagunça sueco-americana se encontra o Amandine que, muito provavelmente, não deve desapontar nem interessados por música sueca, nem amantes do folk ianque. Solace in Sore Hands sai logo mais pela Fat Cat e é um baita disco bom. Não dá pra resistir a esse delicioso amontoado de instrumentos à favor da boa música: piano e glockenspiel, banjos Sufjanianos, violino, trompete e acordeon, além de baixo, guitarra e bateria e vocais muito bem feitos.
Não há dúvidas de que esses suecos têm um pé escancaradamente enfiado no folk. Mas há um outro lado, tímido, que carrega uma influência que esbarra no country. A delicadeza e fragilidade do grupo (características de muitos artistas do país) são impressionantes: em alguns momentos parece que tudo vai desmoronar ou partir-se ao meio. Obviamente, isso nunca acontece, e o álbum se mantém firme e atraente até seus últimos segundos. Recomendado para os dias frios que, espero eu, serão cada vez mais numerosos daqui pra frente.
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