Nunca gostei de matemática. Nos tempos de colégio, sempre houve a necessidade de minha mãe me ajudar com os números, com os cálculos, com as contas. Irritado, sempre a questionava qual seria a utilidade daquilo tudo no meu dia-a-dia. Por qual motivo eu precisava estudar álgebra?
Anos mais tarde aprendi a lição: conheci o rock matemático, o math rock, e enlouqueci. Poderia citar uma boa quantidade de bandas que representam o gênero aqui, mas o dia hoje – ou quem sabe o mês – é do Battles. Com dois EPs lançados em 2004, em abril é a vez do álbum de estréia do quarteto nova-iorquino (finalmente) chegar às lojas. Intitulado Mirrored, o disco conta com 11 músicas destruidoras. Só pra exemplificar, a primeira vez que ouvi o single “Atlas” tive a perfeita sensação de uma arma estourando o meu cérebro.
Battles durante a gravação do videoclipe de "Atlas". Assista aqui.
Tentei calcular a porcentagem de vezes que me peguei impressionado dizendo “fudido” para cada canção de Mirrored, mas, como vocês já sabem, nunca fui bom em matemática. Apesar de extremamente organizado e pensado, existe caos e esquizofrenia em algumas músicas do Battles. É aquele disco que não te deixa com dúvidas: ou você acha genial ou você acha uma merda.
Da minha parte, posso afirmar com grande certeza que esse é um dos melhores discos que ouvi em 2007, um ano que pra mim já entrou pra história da música. Fazia tempo que não tínhamos um ano tão bom como esse, e ainda tem pelo menos mais uns 20 discos excelentes pra sair, espero eu.
Da minha parte, posso afirmar com grande certeza que esse é um dos melhores discos que ouvi em 2007, um ano que pra mim já entrou pra história da música. Fazia tempo que não tínhamos um ano tão bom como esse, e ainda tem pelo menos mais uns 20 discos excelentes pra sair, espero eu.
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