12/04/2007


Em seu myspace, a banda do post de hoje cita três bandas como influência: Broken Social Scene, Deerhoof e Microphones. Não dava pra ser melhor, pelo menos pra mim. Com essa mistura eles poderiam ser a melhor banda dos últimos tempos, talvez. Talvez. Não estou certo quanto a isso (óbvio que eles não o são), mas posso dizer que essa é a nova banda que mais me impressionou nos últimos tempos. Primeiro por esse ser o primeiro disco indie-esquisitinho do ano. (Sabe o indie-esquisitinho? Tipo Architecture In Helsinki, Unicorns, Islands, etc?)

Mas na verdade, o We All Have Hooks For Hands (nome perfeito) nem éo-tão esquisito assim. The Pretender é um baita disco de música pop, um álbum pra celebrar e cantarolar com os amigos em um dia frio, com aquele vento gelado batendo no rosto. É a primavera dentro do inverno, se você conseguir acompanhar meus pensamentos confusos até aqui. Todo mundo cantando com o peito estufado – e pode esperar um bocado de vozes desafinadas, que são exatamente a beleza da coisa.

Imagine nove pessoas fazendo bagunça dentro de um estúdio com um monte de instrumentos – dois bateristas duelando, cornetas e tecladinhos bizarros, três guitarras confusas e um baixo solitário. Tudo isso num pacote pop, feliz e causador. Esse é o resultado de The Pretender. E, apesar de ser americano, o grupo lembra bastante a onda musical canadense dos últimos anos. Gente esquizofrênica como o Most Serene Republic. Acho que já deu pra sacar.